segunda-feira, julho 21, 2003
Manifesto do Imaginário I
Há sempre, pelo menos, uma porta
para o imaginário,
onde os sentimentos mais que os sentidos,
têm razão;
onde as formas vencem
os limites do formato;
onde o tédio não se repete
nos sorrisos
sequencialmente desenhados
e onde o grito nasce do sussurro que recria o grito.
O imaginário desmembra o mundo
dos conformistas
e as conveniências dos que só têm dedos
indicadores.
É o puzzle tridimensional
que as crianças deixaram construído
no meio da praça.
Palavras, imagens, sons e corpo.
Há sempre, pelo menos, uma porta
para o imaginário.
Deixem entrar quem não teme o sonho
e o prazer.
Deixem entrar os que têm as mãos cheias
dos gestos que só sabem seus
e das ideias que ninguém mais quer,
para mexer na lama e a transformar em bolos
ou recriar o tempo e fazer dele espaço.
"José Pires"
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