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quarta-feira, julho 16, 2003

O Estranho Habitual 



(...)

Reflete: terá amado a vida?
Supôs amar o instante e só amou sua carne solitária,
ou amou talvez a carne que o amou.
Por certo tudo fora desejo insatisfeito,
e sua esperança foi apenas nostalgia
do que viria depois;
assim foi o futuro como lembrança:
um fantasma de luz; e o outro sombra.

(...)


"Francisco Brines", in Ensaio de uma Derspedida

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