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sexta-feira, maio 21, 2004

meu amor meu amor 

"meu amor meu amor
em corpo de movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento
meu limão de amargura meu punhal a escrever

nós paramos o tempo e não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer
meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar"

josé carlos ary dos santos in "as palavras das cantigas"


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